"Inspiração é uma surpresa. Talvez seja possível criar algum método para que ela venha até você num encontro com hora marcada, mas acredito que ela gosta de chegar sem barulho, na surdina. Enquanto experimentava, ilustrando rostos sem corpos, percebi que minha curiosidade sobre crenças e dogmas do leste asiático havia, furtivamente, se materializado em traços e cores. Em pouco tempo um ciclo de morte e renascimento começou a tomar forma nas cabeças flutuantes que foram surgindo aos montes como o fluxo do Samsara.

​

As obras presentes neste conjunto de ilustrações digitais, que ganharam corpo em papel e tinta, são a maneira que encontrei de compartilhar um universo que surgiu em minha cabeça em 2018. Dessa forma, espero que os demônios tibetanos e as luas crescentes, as flores, as divagações sobre passado, presente e futuro, encontrem outras pessoas.

​

Moksha, em sânscrito, refere-se à iluminação espiritual, à libertação do ciclo de vida e morte. Gosto de pensar que cada um dos flutuantes é a versão aprimorada de suas personalidades, a versão final de como escolheram ser. Espero que gostem de conhecê-los."